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15/06/2017 - CONSULTORIA - Saiba como fazer o fluxo de caixa da sua empresa
O fluxo de caixa é uma importante ferramenta de gestão. Flávio de Sousa Perez, diretor da Orcose Contabilidade, explica o que deve ser considerado em sua elaboração.
“Em linhas gerais, as informações devem ser organizadas em três grandes áreas: atividades operacionais (recebimentos e pagamentos resultantes da atividade da empresa); atividades de investimento (aquisições de máquinas, equipamentos, instalações, veículos, softwares e outros bens); e atividades de financiamento (recursos obtidos com empréstimos e financiamentos de longo prazo ou capital social, reserva de capital ou reserva de lucros). Esses grupos devem ser divididos entre “contas a receber” e “contas a pagar”. Em ambos os casos, deve-se considerar os dados já conhecidos e estimar valores futuros (tais como despesas com impostos e contas de água e luz, folha de pagamento etc.)”, orienta Perez.
Como se faz um demonstrativo na prática?
Conhecido pela sigla DFC, o demonstrativo de fluxo de caixa compõe o conjunto das demonstrações contábeis da empresa. De acordo com o diretor da Orcose, o DFC pode ser feito de maneira direta ou indireta.
“No método direto, os recebimentos e pagamentos decorrentes das atividades operacionais são lançados com seus valores brutos (permitindo gerar informações com base em critérios técnicos sem a interferência da legislação fiscal). Já no método indireto, os lançamentos dos recursos resultantes das atividades operacionais se referem ao lucro líquido ajustado pelos efeitos de transações que não envolvem caixa”, diz.
Qual a periodicidade ideal para se fazer um demonstrativo de fluxo de caixa e qual a importância da colaboração do contador?
Para efeito contábil, o demonstrativo de fluxo de caixa deve ser apresentado ao fim de cada período anual. No entanto, segundo Perez, “a empresa poderá elaborá-lo mensalmente para uso interno, por se tratar de uma importante ferramenta de gestão”.
O contador poderá orientar quanto aos valores que compõem a demonstração e também assessorar na tomada de decisão. Para Pedro Coelho, diretor da Marpe Contadores Associados, “a estruturação do fluxo pode (e deve) contar com a colaboração do contador – afinal, ninguém conhece mais sobre as operações que afetam as disponibilidades de recursos de uma empresa do que o profissional contábil”.