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30/06/2017 - ARTIGO - Por uma estratégia factível



Por Alessandra Sousa


Uma das experiências mais enriquecedoras que nós contadores estamos vivendo nos últimos anos, com a automatização de alguns processos burocráticos inerentes à nossa atividade, é a possibilidade de nos envolvermos mais com o negócio do cliente, colocando todo o nosso potencial e background a serviço do crescimento e lucratividade das empresas. As organizações de outsourcing contábil estão cada vez mais presentes na mesa de planejamento estratégico de seus clientes. Auxiliamos com o histórico de resultados da empresa, o conhecimento sobre os diferenciais tributários de cada segmento econômico, a análise dos impactos da folha de salários, a contabilidade por centro de custos indicando a lucratividade de cada produto ou serviço, a análise financeira e patrimonial, e os modelos societários mais adequados para cada negócio.

Em paralelo, observamos que não é incomum vermos planejamentos estratégicos muito bem elaborados, imbuídos de motivação de seus líderes nos meses de janeiro e fevereiro, chegarem em dezembro sem ter sequer 30% de suas metas atingidas. Ao analisarmos os fatores que causaram resultados tão aquém da expectativa, percebemos algumas lacunas no âmbito da elaboração do planejamento, mas muito mais no plano de execução.

Geralmente o empresário sabe muito bem o que quer, o que deve ser feito, mas não sabe como fazer. Ele sai motivado, mas se perde no trajeto e vai perdendo o foco do que planejou, e o pior, a credibilidade de sua liderança dentro e fora da empresa. Para o ano seguinte, seus gestores e equipes pensam: “por que me esforçar para realizar essas metas se elas se perdem ao longo do caminho e acabam em nada?”

O fato é que mais de 50% desses planos não são ruins; a execução deles é que deixa a desejar. A viabilização do grande plano – muitos deles produzidos com a ajuda de consultores externos experientes no mercado foco – tem como maior desafio a falta de sustentabilidade às ações traçadas. O drama verdadeiro é a ausência de métodos e treinamentos claros para os times envolvidos nas ações estratégicas. A falta de comprometimento da liderança surge como o principal entrave.

Diante dessa constatação, começamos a nos envolver mais nesta etapa, fornecendo ao empresário algumas ferramentas básicas de implementação de projetos. Entre elas, o código de conduta e o regulamento interno, com a definição das regras do que pode e o que não pode na empresa. Quando traçamos o que se espera da conduta de cada colaborador e equipe, conseguimos de imediato resolver 70% dos problemas da execução das estratégias das empresas, com o adicional de trazer uma harmonia fundamental ao ambiente de trabalho. A empresa se torna mais profissional e a cobrança deixa de ser pessoal. É para toda a equipe. É para todo o time.

Este trabalho de inserir métodos de gestão é bem distinto da atuação de um consultor. Ele exige um conhecimento prévio do core business, do histórico econômico-financeiro da empresa, seu organograma e a filosofia de administrar de seu empreendedor. Equalizar todas essas nuances e traduzi-las em métodos de gestão tem sido nossa grande causa. Ela se complementa com um consistente treinamento de equipes, para que ocorra um alinhamento de propósitos, mostrando os caminhos e a postura que cada líder precisar ter para alcançar as metas estratégicas.

Alessandra Sousa é CEO do Grupo Fatos Contabilidade & Soluções Corporativas - São José dos Campos (SP)

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