Os recursos destinados ao giro devem ser reservados mesmo antes de a empresa começar a operar. Em um exemplo hipotético, um negócio para o qual foi destinado R$ 1 milhão de capital social poderia direcionar cerca de R$ 800 mil para instalações, compra de equipamentos, móveis e utensílios e deixar os outros R$ 200 mil (capital de giro) para pagar as obrigações que irão surgir com o desenvolvimento da atividade.

 

Quando o negócio já está funcionando, é recomendável monitorar diariamente o fluxo de caixa para evitar falta de recursos e atender as necessidades diárias da empresa. No cenário ideal, a disponibilidade financeira e os recebíveis da empresa deveriam ser sempre maiores que a previsão de desembolsos no período.

 

O capital de giro é essencial às empresas de qualquer porte. Uma loja que fique sem ele, por exemplo, pode não conseguir repor seus estoques e pagar os funcionários – ou seja, pode parar de funcionar. Mesmo que o estabelecimento controle o fluxo de caixa corretamente, ele pode ter um problema inesperado, como uma queda de vendas.

 

Diante desse tipo de problema, o empresário pode recorrer a um empréstimo, mas deve ter certeza de que a rentabilidade de seus produtos conseguirá cobrir os juros cobrados pela instituição financeira. Em uma situação mais extrema de falta de recursos, a venda de um bem componente do patrimônio, o aumento do capital social ou o ingresso de um novo sócio podem ser necessários. São medidas mais demoradas, que podem afetar a atividade e causar prejuízos significativos e, por isso, a saída mais comum costuma ser recorrer a recursos de terceiros junto a instituições financeiras. 

 

Colaboraram para a elaboração deste verbete o diretor da Marpe Contabilidade (GBrasil | Fortaleza – Ceará), Pedro Coelho, e a diretora da RG Contadores (GBrasil | Florianópolis – SC), Meire Bortoli.