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26/10/2018 - Startups apresentam soluções para melhorar logística e otimizar custos de e-commerce

Para racionalizar as entregas, que consomem parte substancial do faturamento, empresas especialistas usam de conhecimento e inteligência tecnológica

 
As empresas brasileiras gastam, em média, em torno de 12,4% do seu faturamento bruto com logística, como mostra um levantamento realizado pela Fundação Dom Cabral. Dos custos totais, segundo a pesquisa, baseada em dados de 2017, aproximadamente 63,5% são compostos com transporte de longa distância e distribuição em áreas urbanas, enquanto o segundo maior gasto é com a armazenagem, que consome 17,7% dos recursos – o restante é formado por serviços portuários, administração e outros fatores. Pensando-se exclusivamente no e-commerce, a situação é ligeiramente diferente: segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o frete responde por 58,1% dos gastos com logística no setor, enquanto a armazenagem fica em 21,5%, e o manuseio das mercadorias, em 20,5%. Os números pesam para as grandes empresas e, muitas vezes, são uma sentença de morte para os pequenos e médios empreendedores. Há, porém, diversas startups que ajudam a driblar essas dificuldades, oferecendo diferentes estratégias para baratear ou otimizar o serviço.
 
A estratégia da plataforma logística digital Mandaê é organizar todas as etapas do envio de um produto, da coleta à entrega. Um dos trunfos da companhia, segundo seu cofundador e head de operações, Karim Hardane, é a parceria com diversas transportadoras, inclusive com os Correios, o que resulta em ampla gama de opções aos seus clientes.
 
"Sabemos que a proporção continental do Brasil, os custos elevados e a burocracia impossibilitam as transportadoras de oferecer preços competitivos em todo o território nacional e, consequentemente, aos lojistas de terem mais e melhores opções. Além disso, a dependência de uma única opção de logística deixa os empreendedores à mercê de greves, atrasos na entrega, descontinuidade de serviços, entre outros fatores. Essa realidade impacta diretamente na qualidade do serviço prestado, ocasionando mais tempo e dinheiro gasto", explica Hardane. "Com a Mandaê, o lojista tem acesso a diversas transportadoras em um único contrato e, dessa forma, a melhores preços e prazos de frete para todo o território nacional."
 
A Pegaki investe em outra frente: o serviço que a empresa vende ao e-commerce é a possibilidade de que eles ofereçam aos seus clientes um ponto de retirada de mercadorias. Isso é feito por meio de uma rede de varejistas com estabelecimentos físicos, que ganham para armazenar as mercadorias das lojas online até que o consumidor possa retirá-las.
 
"Temos uma rede com mais de 500 pontos de estabelecimentos comerciais. O objetivo é ajudar a pessoa que compra pela internet e tem dificuldade para receber o produto, porque não está em casa, mora em prédio sem porteiro, em área de risco etc. Ela também pode usar a rede de comerciantes credenciados para trocar e devolver os produtos", afirma o CEO da Pegaki, João Cristofolini. "O e-commerce tem uma alternativa muito mais eficiente de entrega, assim como o comércio local, que acaba recebendo um fluxo de pessoas bem interessante e aumenta as vendas e divulgação", acrescenta.
 
Cristofolini ressalta que a abordagem da Pegaki é melhorar a experiência de entrega e de venda do comércio eletrônico e reduzir os problemas nas entregas e também em trocas e devoluções, fatores que costumam aumentar os gastos com a logística.
 
"Nosso foco principal é o mercado de moda, o segmento que mais vende no e-commerce nacional. É o setor o que tem mais dores, inclusive, principalmente no que se refere à logística reversa, em questão de trocas e devolução", explica o CEO da Pegaki, que atende à Dafiti, maior e-commerce de moda da América Latina.
 
Apesar de não negociar diretamente com as transportadoras, o modelo da Pegaki também pode baratear o custo do frete, segundo Cristofolini. "A possibilidade de redução [no preço do frete] é de até 20%. É simples: se o comerciante tem dez pedidos, em vez de mandá-los para endereços diferentes, vai enviá-los ao mesmo local, então, consegue uma redução com a transportadora que ele já usa", explica.
 
Segundo a Fundação Dom Cabral, o transporte rodoviário é usado por 75,9% das empresas. É justamente na ociosidade desse modal que a BondeEntrega atua para diminuir os custos do frete, além de contar com pontos de retirada.
 
"Trabalhamos com conexões de parceiros e no aproveitamento da ociosidade no transporte rodoviário. Hoje, qualquer município do País recebe um ônibus de linha, e, nesses veículos, pelo menos metade do compartimento de carga é destinado ao transporte de encomendas. Essa fatia é muito pouco aproveitada. Utilizamos dessa ociosidade e de sua capilaridade para atingir diversos pontos do Brasil de uma forma rápida e barata", afirma o designer de produtos da BondeEntrega, Jônatas da Silva Costa.
 
"Ainda possuímos algoritmos que conectam nossos parceiros, assim, é possível unir transportadoras, empresas de motoboys, empresas de ônibus e até empresas aéreas para realizar coletas, transferências e entregas das encomendas", complementa Silva.
 
Veja a seguir algumas opções de logística para diversos tipos de negócios: 
 
 
Pegaki
 
A empresa, criada em Blumenau, não negocia o preço do frete em si, apenas a possibilidade de o e-commerce usar um ponto de retirada.  Especializada em atender a lojas virtuais, a startup cobra entre R$ 1 e R$ 2,50 pelo serviço – o frete é por conta do empreendedor e da negociação que estabelecer com a transportadora.  A Pegaki possui mais de 500 pontos ativos e mais de mil em fase final de aprovação em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Blumenau, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá e Curitiba.
 
 
Mandaê
 
Também especializada em atender ao e-commerces, a Mandaê atua com empresas embarcadoras no Estado de São Paulo. informa os Os preços de para acompanhar todas as etapas logísticas são fornecidos somente sob consulta e de acordo com a demanda do cliente. A startup diz, porém, que garante diferenciais para empresas que tenham um gasto mensal a partir de R$ 2 mil com frete.
 
BondeEntrega
 
Atua somente com entregas intermunicipais e interestaduais. Uma das facilidades é poder estimar, no site da startup, o quanto sairia um frete. Um pacote de 2 quilos, por exemplo, com retirada em um endereço em São Paulo (SP) da encomenda e entrega em um logradouro em Campinas (SP), a cerca de 90 quilômetros de distância, sai por aproximadamente R$ 51, com prazo de entrega de até seis dias. Contratos específicos, porém, podem alterar o valor. Os principais setores atendidos são o têxtil, o metalúrgico e o de encomendas particulares.
 
 
Rappi
 
A startup colombiana promete entregar tudo que o usuário do aplicativo pedir, até dinheiro. Está presente em 10 cidades brasileiras, incluindo São Paulo, seu principal mercado. É forte no setor de restaurantes, mas também é muito usada para compras, como produtos de supermercados e farmácias. Cobra uma taxa sobre o que os parceiros comerciais vendem, mas não divulga o valor da porcentagem. Pode alocar uma pessoa especializada em restaurantes e lanchonetes que tenham muita demanda para organizar a fila de pedidos e agilizar as entregas do delivery.
 
 
UberEats
 
Como o nome já diz, o Aplicativo do grupo UBER, é especializado em delivery de refeições. Atua em 18 cidades, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro, Brasilia, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Campinas. A empresa tem pacotes que oferecem todo o sistema de entrega para os estabelecimentos, com uma taxa que gira em torno de 30% do preço do pedido.
 

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