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01/11/2018 - ARTIGO - O custo financeiro da busca constante pelo conhecimento



por Nilson José Goedert

 
Ao longo de nossas vidas, temos uma extensa trajetória em busca pelo conhecimento. Quando crianças, procuramos as primeiras imagens, depois as primeiras palavras. O custo financeiro, porém, começa efetivamente quando ingressamos na pré-escola, que é sucedida pelos ensinos fundamental e médio, graduação universitária, pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
 
Além dessa linha sucessória de estudo, em qualquer formação profissional ainda precisamos da educação continuada para obtermos novos conhecimentos das tendências de mercado.
 
Considerando a profissão de contador, a qual exerço, o custo se multiplica por causa das caóticas legislações tributária, trabalhista e previdenciária existentes em nosso país.
 
Segundo os institutos especializados, como o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), uma norma tributária se altera a cada 36 minutos no Brasil, nos âmbitos municipal, estadual e federal. Para se manter atualizado, às vezes precisamos estudar diáriamente toda essa legislação, dependendo do segmento econômico do cliente que atendemos.
 
Costumamos buscar esse conhecimento em nossas entidades classistas profissionais e empresariais. Deixo claro que esse processo não inclui apenas os diretores das empresas contábeis, mas também de todo o seu staff profissional, pois, do contrário, estaríamos pondo em risco a atividade de nosso cliente e o serviço prestado a ele. Ainda, em alguns casos específicos, se faz necessária a contratação de profissionais especializados para atualizações dentro da própria organização.
 
Do mesmo modo, a busca pelo conhecimento não se restringe à área técnica. É necessário se atualizar a respeito de áreas que não são o foco principal da empresa, como a de tecnologias, novidades e gestão, participando em convenções profissionais, congressos da categoria, grupos de empresas para troca de informações e fazendo networking. Nesse contexto, inclui-se o custo dos dias de participação nos eventos, deslocamento, hospedagem, alimentação e a "esticada" de alguns dias a mais, nos casos de viagens distantes.
 
Por fim, para nos mantermos nesse nível de conhecimento e atualização, se formos calcular todas as etapas, teremos um alto investimento em nossas organizações. Na nossa empresa, em 2017, foram mais de 1,5 mil horas de treinamento envolvendo toda a equipe. O custo financeiro é alto, mas indispensável, porque se reverte na qualificação do capital humano e no diferencial de atendimento. 

Nilson José Goedert é contador, diretor da RG Contadores (Gbrasil | Florianópolis - SC)

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